quarta-feira, 28 de março de 2012

Ei, garota

Ei, garota
Não fique mal
Em cada amanhecer
Há sempre um momento mágico
Onde podemos nascer outra vez

Ei, garota
Deixe o sol te tocar
Jogue suas lagrimas aos quatro ventos
E elas voltaram como sorrisos

Ei garota,
Não tenha medo de tocar o sol
Você vai conseguir chegar lá

Não espere o tempo passar para amar
Não pense duas vezes em se entregar
Esqueça seus erros
Esqueça todas as vezes que você chorou
Apenas ame, ame e ame outra vez.


Deveríamos..

  Deveríamos perdoar mais os nossos erros e comemorar mais pelos nossos acertos. Deveríamos dar mais atenção à coisas banais - coisas que são passadas despercebidas no dia-a-dia, seja porque estamos apressados demais ou apenas distraídos - e esquecer as coisas difíceis e complicadas de entender. Deveríamos expressar mais os nossos sentimentos, mas apenas os verdadeiros, deveríamos guardar o carinho que existe nas velhas cartas esquecidas e empoeiradas, escondidas no fundo de uma gaveta, deveríamos guardar os cheiros, os toques, mesmo aqueles apenas imaginados, deveríamos aproveitar mais os dias de sol e não nos esconder nos dias de chuva, deveríamos andar pela areia sem medo algum de sujar nossos pés, deveríamos enfrentar nossos medos sem medo, deveríamos nos sentir felizes ao vermos marcas de um dia de sofrimento, pois elas apenas nos dizem que “passamos de fase”, que não morremos, que caímos, mas que também levantamos.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Opções

   Talvez hoje eu seja apenas a sua opção, talvez você já não se importe comigo como se importava antes, talvez o sentimento mudou – o pior de tudo é que não mudou em mim. A minha prioridade é você, mas talvez eu nem seja a sua. Estou a espera de um passado tão recente quanto meu presente. Eu sei que eu não sou o que você espera, mas eu tenho tentado. Tem uma carência aqui , tem uma insegurança aqui. Eu venho tentando, mas não consigo conter a raiva. E eu sei que eu sou fraca, muito fraca. Fraca o bastante pra absorver tudo e deixar que jogos mentais me abatam, mas fraca também por agüentar calada. As únicas coisas que tenho recebido são conselhos vazios de pessoas aparentemente cheias, mas psicologia às avessas não me corrompe mais. Acho que a hora que falta esteja vindo rápida demais. Já é quatro da manhã e eu não consigo me segurar. As vezes sinto te perder nas coisas mais banais. Por favor, você pode acabar com essas madrugadas de amargura? Me traga de volta o primeiro amor, me traga de volta a vida.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Ano novo

Hoje é véspera de ano novo. Para maioria das pessoas, o ano novo é uma coisa alegre, muitas pessoas estão animadas, a maioria usa roupa branca, calcinha ou cueca nova, bebem champanhe, comem lentilha para dar sorte e outros clichês do réveillon. Não sei o porquê, mas eu não consigo ficar nessa alegria toda. As minhas viradas de ano, por mais animadas que sejam em mim sempre falta algo. Não é nada material, porque se fosse não seria um problema, é algo a mais. No dia 31 de dezembro, é sempre assim, bate àquela tristeza, aquela nostalgia, aquele desespero e cada vez que a meia noite se aproxima começa a me dar também agonia, pavor, sensação de que algo vai se perder, de que tudo vai ter um fim. Chega à hora, o ano acaba e você pensa em tudo que passou, nas pessoas que entraram, mas nas que também saíram da sua vida, nas despedidas involuntárias, naquilo que você quis fazer mas não pode, naquilo que você não quis fazer mas que foi obrigado ou que fez sem pensar e se arrepende amargamente e até nos carinhos que você quis receber e nos “eu te amo” que você quis dizer e que dissessem a você. 01 de janeiro, a tristeza ainda permanece e talvez ela só vá quando as coisas voltarem ao normal, ou seja, tão cedo isso não vai embora. E o pior que todo ano é assim, a falta de algo sempre vai estar presente até a gente encontrar o complemento necessário – seja ele aquela pessoa que você não pode ter do lado ainda ou qualquer outra coisa -para quebrar esse ciclo vicioso. 

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Certo e o errado

    Vivi a minha vida toda a procura de uma pessoa perfeita. Sempre fui muito sonhadora, por isso que busquei a perfeição em alguém, achando que encontraria alguém do tipo príncipe-de-contos-de-fadas, engano meu. Eu nunca iria encontrar alguém com tamanha perfeição, e se alguém tivesse todas essas qualidades, eu deveria me alertar, porque ninguém é cem por cento bom, nem cem por cento mal. Todos têm seus defeitos e suas qualidades, até mesmo a pior pessoa do mundo. Ninguém é tão santo quanto diz que é, até porque como todo mundo sabe, os santos são os piores. As pessoas acham que pessoas ‘’santas’’ são incapazes de fazer mal a alguém ou que são ‘’castradas’’, não podendo sentir nenhum prazer sexual, falar palavrão ou de vez enquanto fazer umas maldadezinhas por ai. Isso é um estereótipo que as pessoas criaram. Pessoas más também podem ser ‘’boas’’ de algum modo, porque dentro delas por maior que seja a maldade, haverá algum sentimento bom, nem que seja por ele mesmo. Mas, pra você que lê esse texto, o que seria a pessoa perfeita? Acho que a pessoa perfeita é aquela pessoa que faz tudo perfeito, óbvio. Diz aquelas pieguices todas do amor na hora certa, tá com você na hora certa, se você não quiser, ela vai continuar, se você quiser que ela erre, ela não vai errar, porque ela vai ser perfeita, p-e-r-f-e-i-t-a. O tempo vai passar e talvez você enjoe dessa pessoa porque ela vai ser tão previsível que você já vai saber quais são as coisas que ela vai fazer, vai enjoar das mesmas palavras ditas, das mesmas atitudes tomadas, ou seja, de tudo. Agora vamos analisar o que seria uma pessoa imperfeita. Uma pessoa imperfeita vai ser aquela que vai fazer o errado na hora certa e o certo na hora errada, entendeu? Não? Tudo bem, eu explico. Imagine que você e a tal pessoa estão discutindo, coisa besta, mas que pra você é um bicho de sete-cabeças. A pessoa certa vai pedir perdão, vai dar a razão toda pra você mesmo você não tendo a mínima, vai fazer o que você quiser (no começo isso pode até ser bom, mas depois você vai encher daquela pessoa) e você vai sair por cima. Toda vez vai ser assim. Já a pessoa errada, vai brigar com você, se você estiver sem razão ela vai dizer, vocês vão se xingar e tudo mais, mas vai ser ela que vai dizer que você fica linda com raiva, vai ser ela que vai te dar um beijo de cala-a-boca quando você estiver morrendo de ódio da cara dele, vai ser ele que vai te fazer sorrir, mesmo não querendo, vai ser ele que vai te acalmar. Então, será que devemos buscar a pessoa certa ou a pessoa errada? Eu escolhi a errada, mas no final de tudo, a pessoa certa acaba sendo a errada e a errada a certa. Cabe a você escolher se prefere o certo-errado ou errado-certo. 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

 Sabe bem como é morrer por dentro e a cada nova esquina morrer mais uma vez? Morrer, morrer, morrer. Renascer aos poucos e quando você vai ver, aconteceu de novo e só o que você pode fazer é tentar recomeçar. Recomeçar uma coisa que sempre, acredite, sempre vai ter um novo começo, um pior do que o outro, um atrás do outro. E parece que eles se complementam, parece mais que eles se unem para que a sua dor só fique maior a cada dia que se passe. Seguir em frente. Isso cansa, cansa e muito. É tudo tão destrutivo e só o que parece é que a solidão vai ser a minha marca e a tristeza o meu legado.  

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sala sem janelas.

 Hoje pelo mais tardar da noite ele bateu em minha porta. Ao vê-lo pude perceber sua face um pouco envelhecida, um rosto aparentemente velho, mas que por trás de todas aquelas rugas havia um jovem coração. O que fazia sua aparência ser assim tão grossa e envelhecida era a ausência de felicidade que nele havia. Por mais que ele forçasse um sorriso, seus olhos não o deixavam mentir. (Seu coração estava destruído) Ele tentava ser feliz, mas tudo que conseguia eram momentos. A felicidade parece que nunca estaria ao seu alcance, parecia sempre estar longe daquela jovem-velha pessoa. Ao entrar em minha casa, ele me contou como seu coração havia sido destroçado. E cada vez que ele falava me sentia mais parecida com ele. Sentia tudo aquilo, sem tirar nem por. Pensava que se sentíssemos coisas iguais, poderíamos nos juntar contra elas. Juntar nossas forças. Não estava acreditando muito se resolveria, mas tentaríamos. Tentamos. Não sabemos como, mas as coisas foram melhorando, não sei se foi à presença dele na minha vida ou sei lá o que. Mas o que eu não esperava aconteceu. Ele foi embora. Pensei se temos dores iguais, ele ficaria para sempre, mas não ficou. Fiquei desintegrada, solta. Os dias foram se passando e aquilo foi se tornando cada vez mais forte. Tentei ao acaso dar nome ao que sentia, mas de nenhuma forma encontrei nome para aquilo. Tentei escrevê-lo, mas ele já não tinha mais endereço. Poderia ter ligado, mas ele não tinha telefone. Poderia ter saído a sua procura, mas tinha algo que me prendia, acho que sabia que não iria encontrá-lo. Sua casa era a rua, sua casa era a imensidão do mundo. Não podia e nem conseguia prender aqueles que podem e se permitem voar. Passaram dias. Passaram meses. E eu só conseguia continuar ali, esperando pela volta dele. Pela volta de alguém que não iria mais voltar. Até que consegui dormir. Sonhei que estava livre. Finalmente livre. Livre desse sentimento, livre de você. Mas quando acordei, nada daquilo havia passado e somente Deus saberia quando ia passar.